quarta-feira, 6 de maio de 2015

Que tal visitar este lugar incomum? A Antártica não é lugar só de Pinguins.

Este lugar que para muitos no planeta pode ser considerado inóspito, esconde mais coisas do que o mundo imagina. Hoje eu vou falar sobre um pouco de cada coisa que existe por lá.

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Conheça a Antártica
Apesar de ser o continente menos povoado e de estar coberto por uma espessa camada de gelo, considerada a mais extensa da Terra, é possível praticar o turismo ecológico, fazer um cruzeiro marítimo e sobrevoar o continente em aeronaves que se dedicam a realizar voos com esse propósito.

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A Antártica também é conhecida por Antártida ou Antárctica. Todas as opções estão corretas. Antártida (com “d”) é o termo usado em alguns países, como Argentina, França e Itália. O Programa Antártico Brasileiro utiliza a opção com “c”, devido à origem do nome grego “Arktos” que originou o continente. “Antarktikos” é o oposto de ártico (Arktos). Em grego “Arktos” significa Urso. O nome foi utilizado de acordo com a constelação hemisfério celestial norte, a Ursa Maior.

A Antártida é o mais meridional dos continentes e tem 14 milhões de km². O continente só não fica coberto de gelo em algumas áreas nas cadeias montanhosas no norte da Península Antártica. É, portanto, o maior deserto do planeta. Mesmo assim o turismo a esta região cresce anualmente.

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A população da Antártica não é permanente. Sua população varia entre mil e quatro mil pessoas (cientistas e pessoal de apoio) nas bases polares e recentemente a Antártica começa a explorar o seu potencial turístico. Aproveite, mas não esqueça os casacos.

A Antártica

Como não há povos nativos da Antártida, a história da Antártida é a história da sua exploração. É muito provável que os primeiros a visitá-la tenham sido os povos vizinhos ao continente: os povos Aush da Terra do Fogo, por exemplo, falam sobre o “país do gelo” e um chefe maori de nome Ui-Te-Rangiora teria atingido a região em 650 d.C. No entanto, esses povos não deixaram vestígios de sua presença.

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A crença na existência da Terra Australis — um vasto continente localizado ao sul com a finalidade de balancear o peso da Europa, Ásia e África — foi proposta por Ptolemeu e Aristóteles na Grécia Antiga. Por isso, a inclusão nos mapas de uma grande massa de terra ao sul era comum em mapas do século XVI. Mesmo no final do século XVII, com o conhecimento de que a América do Sul e a Austrália não faziam parte da Antártida, os geógrafos acreditavam que o continente fosse muito maior do que é na verdade. A situação permaneceu assim até a expedição de James Cook.

Até o final do século XIX, no entanto, a Antártida não havia sido estudada de forma exaustiva e a ocupação humana limitava-se às ilhas subantárticas. Com os dois Congressos Internacionais de Geografia, realizados no final do século, a situação começou a mudar e diversos governos europeus, além dos Estados Unidos, patrocinaram exploradores.

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Sobressaem-se a disputa entre Roald Amundsen e Robert Falcon Scott pela conquista do Polo Sul e a posterior tentativa de Ernest Henry Shackleton de atravessar o continente. Recentemente, após o Tratado da Antártida, 27 países mantêm bases científicas e mais cientistas realizaram expedições.

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Clique para ter acesso ao mapa ampliado.

Divisões Políticas da Antártida.

Revindicações territoriais da Antártida estão presentes no continente antártico desde a sua descoberta no século XIX e ao longo do século XX. Várias nações revindicaram territórios, o tema deu origem ao Tratado da Antártida.

Atualmente há sete nações revindicantes que mantém uma revindicação territorial em oito territórios na Antártida . Estes países procuraram instalar bases de observações científicas e estudos nos territórios revindicados.

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Infográfico em inglês. Clique para ter acesso

A União Soviética e os Estados Unidos fizeram reservas às restrições a novas revindicações e os Estados Unidos e a Rússia declararam seus direitos de fazer revindicações no futuro, se assim desejarem. O Brasil mantém a Estação Antártica Comandante Ferraz (a Base Antártica Brasileira).

Houve uma teoria brasileira para a delimitação de territórios usando meridianos, que daria territórios à Argentina, ao Uruguai, ao Peru e também ao Equador.

A reivindicação brasileira, também chamada de Teoria da Defrontação, foi proposta por Therezinha de Castro e Delgado de Carvalho, e nunca foi reconhecida pelo governo, apesar de ter tido razoável aceitação entre círculos militares. O Brasil jamais fez uma reivindicação territorial e por um lado porque isso traria um desnecessário conflito com argentinos e britânicos, que reivindicam o setor proposto por Castro e Carvalho, e por outro, porque a Teoria da Defrontação não tem o menor fundamento jurídico (pois chegava inclusive a invocar o Tratado de Tordesilhas em seus argumentos). Esse erro é recorrente e cria toda uma teoria de conspiração, o que não colabora com a posição brasileira no Sistema do Tratado da Antártica.

Em geral, revindicações territoriais abaixo do paralelo 60° sul somente tem sido reconhecidas entre os países que já possuem revindicações na área. Contudo, revindicações frequentemente são indicadas em mapas da Antártida – o que não significa o reconhecimento de jure.

Todas as áreas revindicadas exceto a Ilha de Pedro I  são setores, os quais os limites são definidos por graus de longitude. Em termos de latitude, os limites ao norte de todos os setores é o paralelo 60° sul, que não corta nenhuma porção de terra, continente ou ilha, e também é o limite norte do Tratado da Antártida. Os limites ao sul de todos os setores se encontram em um ponto, o Pólo Sul. Somente o setor norueguês é uma exceção: a revindicação original de 1930 não especifica os limites norte e sul, sendo que seu território somente é definido por limites a leste e a oeste.

Estação Antártica Comandante Ferraz

A Estação Antártica Comandante Ferraz (EACF) é uma base antártica pertencente ao Brasil localizada ilha do Rei George, a 130 quilômetros da Península Antártica, na baía do Almirantado, na Antártida.

O nome da estação homenageia Luís Antônio de Carvalho Ferraz, um comandante da marinha brasileira, hidrógrafo e oceanógrafo que visitou o continente antártico por duas vezes a bordo de navios britânicos. Ferraz desempenhou importante papel ao persuadir o Brasil a desenvolver um programa antártico (o PROANTAR).

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Localização da base de pesquisa Brasileira.

Começou a operar em 6 de fevereiro de 1984, levada à Antártida, em módulos, pelo navio oceanográfico NApOc Barão de Teffé (H-42) e diversos outros navios da Marinha do Brasil. porém foi parcialmente destruída por um incêndio no dia 25 de fevereiro de 2012.

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Após o incêndio, a Marinha abriu um processo de licitação EXCLUSIVO para empresas Brasileiras e NENNHUMA empresa apresentou cotação para o trabalho. Em vista disso, foi aberto mais uma licitação e desta vez 3 empresas internacionais participaram do processo. Pouco após, já no início de 2013 recomeçaram as operações em uma base improvisada no local. Felizmente está previsto para o começo da construção da nova base entre os verões antárticos de 2014/2015 e com o término estimado em 2016/2017. Segue abaixo o Infográfico que mostra o novo projeto da base de pesquisa, já aprovado.

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Clique para maiores detalhes.

Tratado da Antártida

O Tratado da Antártida foi o documento assinado em 1 de dezembro de 1959 pelos países que reclamavam a posse de partes continentais da Antártida, em que se comprometiam a suspender suas pretensões por período indefinido, permitindo a liberdade de exploração científica do continente, em regime de cooperação internacional.

O tratado possui um regime jurídico que estende a outros países, além dos 12 iniciais, a possibilidade de se tornarem partes consultivas nas discussões que regem o “status” do continente quando, demonstrando o seu interesse, realizarem atividades de pesquisa científica substanciais.

A área abrangida pelo Tratado da Antártida situa-se ao sul do paralelo 60 S, e nela aplicam-se os seus 14 artigos, que consagram princípios como a liberdade para a pesquisa científica, a cooperação internacional para esse fim e a utilização pacífica da Antártida, proibindo expressamente a militarização da região e sua utilização para explosões nucleares ou como depósito de resíduos radioativos.

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Pinguins

Nada melhor do que falar sobre eles que inclusive merecem um dia no ano inteiramente para eles. O dia 25 de abril foi escolhido como sendo o dia mundial dos pinguins. Porém, observar o ciclo de vida dos pinguins da Antártida é extremamente difícil: o clima extremo e a localização remota de muitas colônias acabaram fazendo com que estudos científicos contínuos só tenham sido realizados em alguns locais.

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Mas como algumas das populações de muitas espécies, como o pinguim-de-barbicha (Pygoscelis antarctica) e o pinguim-de-adélia (Pygoscelis adeliae), estão em rápido declínio, os cientistas precisavam de novas maneiras de estudar essas aves e as ameaças que elas enfrentam.


    Para resolver o problema, no ano passado, pesquisadores da Universidade de Oxford, na Grã-Bretanha, e da Divisão Antártica Australiana instalaram câmeras automáticas por todo o continente antártico e subantártico e gravaram cada minuto da temporada de acasalamento em várias colônias diferentes.

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    Quase 200 mil imagens foram produzidas e precisavam ser analisadas cuidadosamente. Tarefa prontamente adotada por 1,5 milhão de voluntários que viram as fotografias na internet: eles ajudaram a fazer uma contagem dos pinguins, assim como de seus filhotes e seus ovos, e reportaram comportamentos estranhos ou surpreendentes, em um projeto coletivo chamado Penguin Watch.

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    Além de avaliar a saúde de cada colônia individualmente, os cientistas conseguiram usar as informações coletadas para realizar várias novas descobertas.
    Uma delas foi que certos grupos de pinguins usam suas fezes (ou guano) para derreter o gelo do solo antes do que seria desaparecimento natural.
    Os pesquisadores também observaram várias pombas-antárticas (Chionis alba) cercando as colônias de pinguins no inverno, apesar de até então se acreditar que essas aves migravam para a América do Sul nessa época.


      Agora, mais 500 mil novas imagens de pinguins foram divulgadas no ultimo Dia Mundial do Pinguim, que foi 25 de abril.

      Além disso, os cientistas também continuam a instalar novas câmeras na região.

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      “Esperamos que essas novas câmeras revelem a frequência com que os pinguins alimentam seus filhotes e quanto tempo eles têm para chegar ao mar para se alimentar, nas diferentes regiões do continente”, afirma Tom Hart, líder da pesquisa na Universidade de Oxford.
      “Até agora, isso só era possível instalando GPS nos pinguins. A expectativa é que, ao desenvolvermos um método não invasivo, consigamos rastrear pinguins em todo o Oceano Austral sem que os pesquisadores perturbem os animais”, explica.
      As informações obtidas a partir das fotos vão ajudar os cientistas a entender o que os pinguins fazem no inverno, como as mudanças climáticas e a atividade humana afetam sua procriação e sua alimentação, e por que algumas colônias e espécies estão lutando para sobreviver enquanto outras estão prosperando.

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      “O problema é que os pinguins enfrentam desafios diferentes em todas as suas espécies, o que pode ser resultado das mudanças climáticas, da pesca ou de outra interferência humana direta”, diz Hart.
      “As câmeras em time-lapse revolucionaram nossa capacidade de recolher dados vindos de um grande número de locais simultaneamente. Monitorar mais regiões e comparar aquelas onde a atividade pesqueira é maior com onde ela é menor, por exemplo, vai nos permitir entender quais dessas ameaças estão modificando as populações e como podemos mitigá-las.”
      Os cientistas também esperam usar o trabalho dos voluntários para “ensinar” um computador a contar os pinguins com precisão e a identificar indivíduos de diferentes espécies.

      Realmente as Time Lapse viraram referência para capturar momentos durante alguns dias, meses, e até anos. Vejam abaixo algumas registradas na Antártida.

      Quer ver mais e mais de perto?

      O Lago Vostok

      Invisível a olho nu, o lago Vostok abriga um ecossistema único, repleto de oxigênio com níveis 50 vezes superiores aos de água doce comum. Para estuda-lo, pesquisadores estão perfurando o gelo antártico em uma exploração fundamental para o estudo da mudança climática na Terra.

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      A expedição russa chegou ao continente gelado em 28 de novembro de 2010 e levou mais de um mês somente para preparar os equipamentos e analisar as mudanças observadas no gelo.

      “Já estamos a 3736 metros de profundidade e devem faltar entre 10 e 50 metros para chegar ao lago”, disse Valery Lukin, subdiretor do Instituto de Pesquisas Árticas e Antárticas da Rússia, com sede em São Petersburgo. Segundo o cientista, o método empregado para calcular a profundidade se baseia na análise sísmica e na radiolocalização, com margem de erro estimada em 20 metros.

      Embora a profundidade exata seja desconhecida, Lukin acredita que a superfície do Vostok seja alcançada nas próximas semanas.

      No ano passado, o perfurador superou 70 metros de gelo grosso em menos de um mês, mas os trabalhos tiveram que ser suspensos em novembro, quando o aumento da pressão e a diminuição das temperaturas obrigaram a paralisação das máquinas.

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      Infográfico em espanhol.

       

      Para os pesquisadores russos, os resultados da exploração do lago Vostok serão fundamentais para o estudo da mudança climática na Terra durante os próximos séculos. Segundo as pesquisas, o local é único e abriga um ecossistema que está repleto de oxigênio com níveis 50 vezes superiores aos de água doce.

      “A água do Vostok é provavelmente a mais pura e antiga do planeta”, disse Lukin. “Não temos provas concretas, mas dados indicam que a superfície é estéril, embora nas áreas mais profundas possa haver formas de vida adequadas às condições extremas, como os termófilos e extremófilos”.

      Localizado a cerca de 4 mil metros de profundidade no centro da Antártida, o lago Vostok tem cerca de 300 quilômetros de comprimento por 50 km de largura. Em algumas áreas sua profundidade atinge aproximadamente 1 km.

      Sua superfície é de 15690 km quadrados, equivalente ao lago Baikal, localizado na Sibéria e considerado o maior reservatório de água doce do mundo.

      Graças ao seu peculiar enquadramento geográfico, o lago permaneceu desconhecido por muito tempo e só foi descoberto em 1957 por cientistas russos, mas apenas em 1996 se descobriu a sua verdadeira extensão.

      O lago permanece como uma das últimas zonas por explorar do planeta Terra e devido ao seu isolamento da atmosfera, presume-se que sua água esteja aprisionada há pelo menos 1 milhão de anos.

      Também existem mistérios não explicados sobre o lago Vostok.

      Anomalia Magnética

      Um dos grandes mistérios deste lago é a descoberta de grandes objetos de metal de origem desconhecida. Por agora você não pode saber com certeza se a anomalia magnética do Lago Vostok é uma origem natural ou artificial.

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      Desde 2001, um grupo de cientistas norte-americanos começaram a voar sobre o Lago Vostok em baixa altitude, a fim de estudar a atividade magnética que ocorre lá. Durante esses sobrevôos, uma forte anomalia magnética foi descoberta na parte sudeste do lago. A discrepância foi estimada em 1,000 nanoteslas, uma quantidade enorme, cujas causas foram e continuam desconhecidos. Outra característica da anomalia é sua amplitude extraordinária medida que se estende cerca de 166 quilômetros quadrados.

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      Inicialmente, houve uma tentativa para explicação da anomalia magnética por causas naturais.

      Michael Studinger, da Universidade de Columbia, disse que a crosta é provávelmente muito fina no fundo do lago. Portanto, a proximidade do manto poderia causar um aumento na atividade magnética. Já o geólogo Ron Nicks explicou exatamente o contrário: a magreza da crosta e do manto, poderiam causar o aquecimento devido a proximidade da própria crosta e isso poderia reduzir a atividade magnética em vez de aumentá-la.
      Já segundo o professor Thomas Gold (revista Nexus Austrália), a anomalia poderia ser causada por uma concentração excepcional de xénon, árgon e metano, que existiria apenas no manto.

      Existem até histórias altamente elaboradas supondo que tal anomalia teria um tamanho equivalente ao de uma cidade e que abaixo de tanto gelo pudesse estar escondida a cidade de Atlântida e toda sua civilização.

      Veja agora um vídeo em espanhol que fala sobre o fato.

      Piramides na Antártica

      Outro mistério que ronda a região…

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      Sem mais nenhuma informação acerca do fato, só é dito que um grupo de pesquisadores encontrou três piramides enquanto realizavam uma expedição para um dos pontos mais próximos do polo sul. Segue abaixo um vídeo (em inglês com imagens)

      E aí? O que acha?

      Não são bons motivos para visitar o continente gelado? rs



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